Vou iniciar com este post uma nova experiência ao nível da blogosfera (pelo menos uma nova experiencia neste blog) á qual vou chamar, o post memento.
Imaginemos que neste momento descobriam que não se lembravam de nada do que tinha acontecido no blog desde o dia 24 de Outubro.
Assim, tal como no filme Memento, vamos voltar para trás, momento a momento, neste caso post a post.
(Sim, eu ando mesmo preguiçoso para ter o estaminé em dia, é o que é).
Quando se anda só a jogar para ganhar por um, também pode acontecer que se perca por um…
A miúda do cartoon kicking some big ass é uma amiga minha que foi assaltada muito perto da minha casa.
O cartoon mostra o que ela gostava de ter feito, mas a verdade é que, e apesar de não lhe terem feito nenhum mal fisicamente, ela foi mesmo roubada. Com o prejuízo que isso sempre traz para a carteira e para a saúde mental.
Curiosamente e apesar de a área onde vivo não ter assim muito boa fama, foi o primeiro incidente do género que ouvi desde que vivo lá.
Pode não ser nada de mais. Algo que não pudesse acontecer em qualquer rua de Lisboa á noite. E sim ela foi imprudente ao passar pelo meio de um dos parques, sozinha e á noite. Mas também é algo para me fazer lembrar que não estamos livres que o mesmo nos possa acontecer.
E se assim for, e se pelo menos não formos agredidos, fazemos de conta que gastamos o dinheiro num club caro e que não nos lembramos de nada no dia seguinte. E com a vantagem de não estarmos de ressaca...
Lá fui ontem ver o tão aguardado QOS e as minhas piores expectativas confirmaram-se. Depois do bastante bom primeiro filme, o Bond Daniel Craig, voltou às inacreditáveis chachadas dos anteriores bonds. A diferença era que os anteriores bonds eram uns terríveis sedutores capazes de por qualquer espia do KGB a pingar para os pés só com um olhar. Para além disso Connery, Lanzeby, Moore, Dalton e Brosnan tinham sempre o ultimo grito de uma qualquer futurista tecnologia que lhes permitia soltarem-se da armadilha mortal onde um louco magnata com vontade de conquistar o mundo os deixa para morrer lentamente.
Em casino royale, essa tecnologia ainda existia. Mas de uma forma mais modesta e que, com a crueza que Craig emprestava ao personagem, o tornou em algo bastante credível.
Neste filme, de repente, é como se Craig tivesse engolido essa tecnologia e lhe permitisse ter um esqueleto tão forte como o homem de ferro e tão elástico como o homem-aranha. Estas características permitem-lhe fazer stunts tão inacreditáveis que mais parece estarmos a ver um filme de Jackie Chan, mas sem os bocados engraçados (e parvos, diga-se de pasagem).
Se calhar sou eu que estou a ficar velho para este Bond, and that sucks.
After all, yes he can. Let us see if in 4 years we can say that yes he could.
O Sporting também pode, mas contra um Shaktar tão fraquinho, para quê sofrer tanto?
O futebol de Paulo Bento este ano é o do ganhar todos os jogos por meio a zero. O problema é que o Sporting continua com alguns jogadores que mentalmente não aguentam essa pressão. E quando o golo não acontece, as coisas complicam-se.
Isto foi o que andei a fazer durante o dia de hoje. E não foi folga, foi trabalho mesmo.
Ora mais um museu gratuito para se ver com tempo numa tarde chuvosa. Para quem gosta de história e pretende conhecer um pouco mais sobre as origens da cidade onde vive.
É pá! Belos tempos em que no dia 1 de Novembro vinha com umas sacadas de fruta e rebuçados para casa.
Diz um amigo meu:
“A Inglaterra é como a Malásia, só com duas estações. Mas os Malaios ficaram com o Verão e o Outono, enquanto a Inglaterra com a Inverno e a Primavera”.
E digo eu que a proporção deve de ser para ambos: 10 meses do primeiro e 2 do segundo!
Quem estava na rua já levou com o primeiro nevão do ano, e ainda só estamos em Outubro.
Pronto, isto já andava a escurecer rápido, agora ainda lhe tiram uma hora ao fim do dia...
Eu sei que isto do day light saving foi inventado em Inglaterra, mas embora ainda o consiga entender em Portugal, aqui acho simplesmente ridículo!
Então façamos umas contas:
Se a ideia é que as pessoas usem mais a luz do dia para o trabalhar e nas suas deslocações para o trabalho então isso quer dizer que se agora fica de noite praticamente às 16h (em Dezembro será por volta das 15.30h), ora 16 menos 8 e menos 1 hora de almoço e se a isso juntarmos 1 hora para cada lado nas deslocações casa/emprego, isso implica que se saia de casa às 5h para se começar a trabalhar às 6h!
Será esse o horário normal de trabalho no século XXI? Sou só eu a pensar que em vez de se tirar uma hora se devia antes juntar uma?
É um museu gratuito que celebra a guerra, e por mais que nos custe, não devemos ignorar que ela existiu e continuará a existir. E ainda para mais este museu tem umas quantas maquinetas espectaculares como o fabuloso Spitfire e o americano hurricane ou ainda colossos como os panzerjager e os T34. A não perder.
Um ano!
Um ano de trabalho em Londres para juntar ao meu currículo.
Como o tempo passa depressa... Parece que foi há umas semanas que cheguei, ainda cheio de dúvidas em relação ao meu futuro, e sem quaisquer planos a longo prazo. Foi no dia 12 de Setembro, sim, mas de 2007. E na data de hoje, mas há um ano precisamente, estava eu todo nervosito para o meu primeiro dia de trabalho.
Com o meu inglês americanizado, bacoradas em cima de bacoradas, lá fui insistindo, adaptando, perguntando e acima de tudo aprendendo. Tanto na profissão e na adaptação à empresa e aos colegas, como na língua que tive que adoptar como dominante no meu dia-a-dia.
É engraçado que consigo descortinar diversos estágios da evolução que sinto para o "meu" inglês:
- Portinglês (Portinglish)
À chegada tinha dificuldades em manter uma conversa fluente. Constantemente tinha que parar para pensar/traduzir o que queria dizer e por diversas vezes escapava-me umas palavritas em português pelo meio das frases. Ainda me acontece por vezes mas mais com aquelas palavras que utilizamos em conversação normal, ditas para encher chouriço.
- A idade do pensamento (Thinking age)
Pensar em Inglês. Tanto no trabalho como na rua, começar a pensar em língua inglesa. É estranho como se chega a este estágio muito facilmente. A mim aconteceu-me mais ao menos ao fim de uma semana de cá estar.
- Sonhos (Dreams)
3ª fase, os sonhos em inglês. Depois de começarmos a pensar em inglês, é muito normal que também comecemos a sonhar em tal. O que eu já não acho normal é que pessoas que eu nunca ouvi dizer uma palavra na língua de Shakespeare o comecem a fazer nos meus sonhos. (exemplo, a minha mãe)
- Sotaque (Accent)
Pois eu tenho/tinha uma pronunciação do inglês horrível. Não me importava que fosse cantarolado como os italianos o fazem ou cheio de W's como os alemães, podia ter V's a mais como os de leste ou um sotaque Alô Alô como os franceses ou ainda com uma tendência muito sopinha de massa como os Holandeses.
Mas não. O meu sotaque era do típico portuga que tenta falar inglês, mas ainda para pior. É frustrante pensar numa palavra para dizer e sair qualquer coisa de ininteligível.
Pois tenho descortinado em mim nos últimos tempos a dicção de certas palavras de uma forma correctíssima. Por vezes até correcta de mais. (Mais a atirar para o cocky ou Posh).
É claro que temos tendência a repetir o que ouvimos. E se vives rodeado de muita gente que parece que engoliu um garfo, começas a dizer "Elementary! My Dear Watson!" como se fosses o Jeremy Brett.
Certainly.
Pronto, está provado. Os autocarros são mesmo os sitios mais seguros... Nem o Bin Laden entra sem pagar!!!
O Sol...
